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Solidão e comida

Solidão e comida

Artigo: Érica Monteiro
@nutrir_mente

A obesidade é um problema multifatorial. Não se pode apontar apenas UMA causa para ela. Estudos apontam a SOLIDÃO como sendo um fator importante para o desencadeamento do comer excessivo. Neurocientistas descobriram que a solidão diminui o nível de serotonina no cérebro e, sendo assim, dificulta o controle dos impulsos, inibindo o impulso de prazer imediato e levando ao COMER EXCESSIVO.

Segundo John Cacioppo, neurocientista da cidade de Chicago, “a solidão encoraja o consumo de mais gordura e açúcar na dieta. Isso faz sentido se pensarmos que a solidão dói e que as pessoas tendem a fazer coisas que aliviam essa dor, como lançar mão de estratégias imediatistas para se sentir melhor”.
Olhe o panorama da situação: a pessoa cai naquela história do encobrir o que está faltando. Amparar a sensação de desamparo. Tampar o vazio. O que acontece é um efeito dominó: o cérebro, imediatista, ávido por dopamina, vai querer o quê? Aquele outro pedaço de torta de chocolate, aquela outra fatia de pizza, aquela “gordice” que salta aos olhos, porque isso é a coisa mais atrativa e rápida de se fazer para sanar aquela baixa. A princípio, vai sanar mesmo. O indivíduo se sente mais feliz, satisfeito, no auge do prazer, parece até sentir um barato depois da orgia alimentar. O problema é o que vem a seguir: a frustração, o excesso de peso, o arrependimento e um isolamento (a solidão) maior ainda. Conclusão: uma bola de neve sem fim. Um ciclo vicioso. É como sair para passear, se distrair e voltar sempre pro mesmo lugar. Mas, um lugar onde não se quer estar nem ficar.
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