Insulina produzida artificialmente e administrada por spray nasal pode ser uma opção de tratamento para pessoas com demência e doença de Alzheimer. Segundo um estudo publicado na revista “Journal of Alzheimer’s Disease”, a insulina é capaz de melhorar a memória funcional.
O estudo, conduzido pelo Centro Médico Wake Forrest Baptists em Winston-Salem (Carolina do Norte) incluiu 60 adultos com leves disfunções cognitivas, ou demência por Alzheimer leve a moderada. Durante um período de 21 dias, eles receberam doses de 40 unidades internacionais (UI) de insulina, ou doses de 20 UI, ou placebo.
O estudo mostrou que aqueles que receberam doses de 40 UI diariamente demonstraram uma memória de curto prazo significativamente melhorada, em relação aos outros sujeitos. As melhores pontuações foram registradas em portadores do gene de risco para o Alzheimer ApoE-e4, os quais receberam doses de 40 UI. Nos testes de memória, eles obtiveram pontuações significativamente melhores em comparação àqueles que estavam recebendo uma dose mais baixa ou um placebo. Em todos os grupos, pessoas sem este gene tiveram desempenho significativamente pior. Foram encontrados apenas leves efeitos adversos.
“O estudo fornece evidência preliminar de que a insulina produzida artificialmente pode fornecer tratamento eficaz para pessoas diagnosticadas com leve disfunção cognitiva e demência relacionada ao Alzheimer, semelhante a nosso trabalho anterior com insulina regular”, disse a autora do estudo, Suzanne Craft. É especialmente encorajador que, em particular, os portadores do ApoE-e4 venham a beneficiar disto, já que eles são notoriamente resistentes a outras opções de terapia, disse ela.
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