A Medicina do Exercício e do Esporte, ou Medicina Esportiva, ao contrário do que muitos pensam, não é simplesmente uma área de atuação, e sim uma especialidade médica, reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
A partir de 2007, a especialidade passou por um grande aperfeiçoamento, a criação da Residência Médica, uma formação de três anos, em regime integral, direcionada a capacitar o profissional para atuar em todos os níveis de atenção que englobam o praticante de exercícios físicos.
É importante ressaltar que a abrangência da Medicina do Exercício e do Esporte não se restringe somente aos atletas de alto rendimento, mas também engloba indivíduos comuns, de todas as faixas etárias, sejam eles aparentemente saudáveis ou portadores de patologias crônico-degenerativas (hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronariana, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, obesidade, patologias reumatológicas, entre outras), utilizando o exercício físico como um dos instrumentos fundamentais na abordagem ao paciente.
Dentro desse contexto, além de abordar as diversas vertentes relativas ao desempenho esportivo propriamente dito, o Médico do Esporte deve, entre outros aspectos, estar apto a realizar uma avaliação pré-participação minuciosa, no intuito de rastrear situações clínicas e musculoesqueléticas que demandam investigações adicionais ou adaptações específicas; conduzir o diagnóstico e manejo não cirúrgico de lesões; atuar em situações de emergências clínicas ou traumáticas; conhecer detalhes do controle de doping.
Outro item relevante a ser destacado é a necessidade da interface contínua e sinérgica do especialista com outros profissionais de saúde (nutricionista, educador físico/treinador, psicólogo, fisioterapeuta, médico assistente, entre outros), exercendo em sua plenitude o conceito de trabalho em equipe.
Por fim, para se intitular Médico do Esporte, o profissional obrigatoriamente deve ter concluído a Residência Médica ou ter sido aprovado no concurso para a obtenção do Título de Especialista (TEME), o qual possui pré-requisitos para inscrição e é promovido anualmente pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).
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Ótimo artigo!